O que os homens fazem para evitar a ejaculação rápida e o quanto isso impacta no prazer?

 
       
 

Este texto tem como base a pesquisa apresentada na imagem abaixo:

 


Se o sexo não estivesse ainda tão machista, mecânico, obrigacional, pesado, apressado e ansioso, e se o foco não estivesse no pênis; na penetração pura e simples; se prevalecesse a libido sinestésica feminina e não a visual masculina, todos esses artifícios não precisariam ser usados. A verdade é que nenhum deles potencializa o prazer. Pelo contrário, acabam por diminui-lo exponencialmente, para ambos.

As maiores sensações de prazer nos homens estão justamente no antes e no durante, e não na ejaculação, que é apenas uma explosão amena de prazer, se comparada ao poder do orgasmo feminino. O homem é capaz de produzir orgasmos secos, de ter prazeres intensos e incríveis, mas, para tal, precisam ser tocados, sentir suas eletricidades e suas energias sexuais mais intensas fluírem por seus corpos.

Ora, ter que retardar a ejaculação, porque não se consegue ter controle sobre ela, atrapalha muito as relações, os prazeres, as sensações e emoções que podem ser vividas. Esse controle forçado, que desvia pensamentos, desconecta sobremaneira os homens das mulheres, muitas vezes, totalmente. Ou seja, o prazer da ejaculação vira um desprazer, uma espécie de agonia, e o sexo estressante, principalmente para homens que têm um mínimo de sensibilidade com as mulheres.

Ocorre que, no momento que os homens estão desviando seus pensamentos para não ejacularem, o sexo fica totalmente mecânico e ansioso. Os homens perdem o envolvimento com o sexo, passando a atuar em função própria (objetivo de apenas não ejacularem), colocando apenas seus corpos e seus pênis funcionando como máquinas de vai e vem, de forma fria, perdendo o ritmo, ficando travados nos movimentos, por vezes, desengonçados.

Só que as mulheres continuam ali e, mesmo que algumas poucas não percebam isso objetivamente, todas sentem demais essa ausência dos homens no momento, justamente porque são completas e necessitam de amor, carinho e presença no sexo.

Esse controle da ejaculação pelo pensamento não começa na penetração. Ele começa antes e causa preocupação e insegurança nos homens. Só que seus Egos não convivem com inseguranças e passam a atuar fortemente. Daí vem o comportamento de muitos homens em apressar os orgasmos das mulheres, com o sexo oral (prefiro tratar por estímulos orais) descompassado, por exemplo, colocando pressão e provocando irritação muitas vezes, pois sabem que não sustentarão por muito tempo a penetração. A questão é que os prazeres femininos mais intensos começam na calmaria, passam pela constância, pelo ritmo cadenciado e tranquilo, para atingirem seus ápices.

Aos homens, bastaria desenvolver suas sinestesias e viverem o sexo, sem influências dos seus Egos. Posso afirmar, porque vivi este processo: não é difícil se transformar e ampliar a libido. Basta começar a se permitir e se render ao sexo.

A questão é que o machismo presente em praticamente todas as relações, faz com que os homens o conduzam o sexo, quando o melhor seria deixar essa função para as mulheres, que são mais completas e profundas. O problema aqui é que a maioria das mulheres ainda acha que a condução tem que ser dos homens. Chamam isso de iniciativa.

Duas coisas que muitas mulheres ainda cobram dos homens, mesmo que de forma inconsciente (que vai rapidamente ao consciente) é essa tal da inciativa e a tal da pegada. Isso está em descompasso com a natureza delas.

Os homens deveriam permitir mais toques nos seus corpos. Deveriam se entregar mais às mulheres e deixar que elas conduzam o sexo de acordo com as suas naturezas. Os homens precisam se permitir mais.

No sexo, contextualizado com o Tantra (não tratando de sexo tântrico, que fique claro), são as mulheres que conduzem, porque há esse reconhecimento; essa admissão de que elas são mais completas e profundas e podem proporcionar muito mais prazer.

Nessa contextualização do sexo com o Tantra, homens e as mulheres aceitam isso consensualmente. Então, ambos se rendem e tudo flui. Logo, não há nos homens preocupação com a ejaculação, porque o sexo se torna completo, um universo de possibilidades, tirando o foco do pênis, trazendo totalidade. As mentes dos homens ficam mais fluidas e leves. sem pesos e sem obrigações. Os Egos adormecem e o sexo deixa de ser feito e passa a ser vivido! E os resultados positivos de viver o sexo poderão ser sentidos nos mais diversos campos da vida!

 


 

Por Marcelo