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Este texto tem como base a pesquisa apresentada na
imagem abaixo:

Se o sexo não estivesse ainda tão machista,
mecânico, obrigacional, pesado, apressado e ansioso,
e se o foco não estivesse no pênis; na penetração
pura e simples; se prevalecesse a libido sinestésica
feminina e não a visual masculina, todos esses
artifícios não precisariam ser usados. A verdade é
que nenhum deles potencializa o prazer. Pelo
contrário, acabam por diminui-lo exponencialmente,
para ambos.
As maiores sensações de prazer
nos homens estão justamente no antes e no durante, e
não na ejaculação, que é apenas uma explosão amena
de prazer, se comparada ao poder do orgasmo
feminino. O homem é capaz de produzir orgasmos
secos, de ter prazeres intensos e incríveis, mas,
para tal, precisam ser tocados, sentir suas
eletricidades e suas energias sexuais mais intensas
fluírem por seus corpos.
Ora, ter que
retardar a ejaculação, porque não se consegue ter
controle sobre ela, atrapalha muito as relações, os
prazeres, as sensações e emoções que podem ser
vividas. Esse controle forçado, que desvia
pensamentos, desconecta sobremaneira os homens das
mulheres, muitas vezes, totalmente. Ou seja, o
prazer da ejaculação vira um desprazer, uma espécie
de agonia, e o sexo estressante, principalmente para
homens que têm um mínimo de sensibilidade com as
mulheres.
Ocorre que, no momento que os
homens estão desviando seus pensamentos para não
ejacularem, o sexo fica totalmente mecânico e
ansioso. Os homens perdem o envolvimento com o sexo,
passando a atuar em função própria (objetivo de
apenas não ejacularem), colocando apenas seus corpos
e seus pênis funcionando como máquinas de vai e vem,
de forma fria, perdendo o ritmo, ficando travados
nos movimentos, por vezes, desengonçados.
Só
que as mulheres continuam ali e, mesmo que algumas
poucas não percebam isso objetivamente, todas sentem
demais essa ausência dos homens no momento,
justamente porque são completas e necessitam de
amor, carinho e presença no sexo.
Esse
controle da ejaculação pelo pensamento não começa na
penetração. Ele começa antes e causa preocupação e
insegurança nos homens. Só que seus Egos não
convivem com inseguranças e passam a atuar
fortemente. Daí vem o comportamento de muitos homens
em apressar os orgasmos das mulheres, com o sexo
oral (prefiro tratar por estímulos orais)
descompassado, por exemplo, colocando pressão e
provocando irritação muitas vezes, pois sabem que
não sustentarão por muito tempo a penetração. A
questão é que os prazeres femininos mais intensos
começam na calmaria, passam pela constância, pelo
ritmo cadenciado e tranquilo, para atingirem seus
ápices.
Aos homens, bastaria desenvolver
suas sinestesias e viverem o sexo, sem influências
dos seus Egos. Posso afirmar, porque vivi este
processo: não é difícil se transformar e ampliar a
libido. Basta começar a se permitir e se render ao
sexo.
A questão é que o machismo presente em
praticamente todas as relações, faz com que os
homens o conduzam o sexo, quando o melhor seria
deixar essa função para as mulheres, que são mais
completas e profundas. O problema aqui é que a
maioria das mulheres ainda acha que a condução tem
que ser dos homens. Chamam isso de iniciativa.
Duas coisas que muitas mulheres ainda cobram dos
homens, mesmo que de forma inconsciente (que vai
rapidamente ao consciente) é essa tal da inciativa e
a tal da pegada. Isso está em descompasso com a
natureza delas.
Os homens deveriam permitir
mais toques nos seus corpos. Deveriam se entregar
mais às mulheres e deixar que elas conduzam o sexo
de acordo com as suas naturezas. Os homens precisam
se permitir mais.
No sexo, contextualizado
com o Tantra (não tratando de sexo tântrico, que
fique claro), são as mulheres que conduzem, porque
há esse reconhecimento; essa admissão de que elas
são mais completas e profundas e podem proporcionar
muito mais prazer.
Nessa contextualização do
sexo com o Tantra, homens e as mulheres aceitam isso
consensualmente. Então, ambos se rendem e tudo flui.
Logo, não há nos homens preocupação com a
ejaculação, porque o sexo se torna completo, um
universo de possibilidades, tirando o foco do pênis,
trazendo totalidade. As mentes dos homens ficam mais
fluidas e leves. sem pesos e sem obrigações. Os Egos
adormecem e o sexo deixa de ser feito e passa a ser
vivido! E os resultados positivos de viver o sexo
poderão ser sentidos nos mais diversos campos da
vida!
Por Marcelo

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