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Você já passou por isso?
Postado em 13 de novembro de 2018
Em momentos difíceis da sua vida, você já se pegou reagindo
contra palavras de pessoas que estão querendo lhe ajudar,
afirmando que elas estão falando o óbvio e que você já sabia
disso?

Pois é, muitas vezes, a solução para nossas questões,
problemas, angústias, tristezas e sofrimentos está naquilo
que nos parece óbvio, naquilo que já sabemos. Muitas vezes
temos as soluções dentro de nós, mas não damos ouvidos a nós
mesmos. Duvidamos da nossa própria capacidade de encontrar
soluções para nós mesmos.
Preferimos agir assim,
porque nos sentimos mais seguros, buscando soluções fora,
quando tudo já está dentro de nós. Optamos pela
complexidade, pelo que é mais difícil, ignorando aquilo que
nos parece simples.
Construímos vazios em nós e o que
é simples não nos preenche. O simples tem qualidade e não
quantidade. O simples não dá a sensação de preenchimento de
espaços ao qual estamos habituados. Mas, muitas vezes, ele é
suficiente para resolvermos o que tiver que ser resolvido
dentro de nós. O simples nos preenche com leveza.
O
mundo externo não nos preenche em absolutamente nada. Se
pudesse fazer uma analogia, diria que o que vem do mundo
externo e entra em nos sem filtros, o que é mais
corriqueiro, funciona como gases, que se acumulam em nós,
que nos inflam; nos incham; por vezes pesam e nos incomodam;
nos dá a sensação de preenchimento, mas, quando precisamos
dele, não há consistência alguma e ele escapa totalmente de
nós, deixando apenas aquela sensação de vazio extremo, cujos
desdobramentos podem causar os mais diversos efeitos, um
deles, a sensação de estarmos sozinhos e, com efeito,
inseguros. Ato contínuo, nos voltamos novamente para o
externo para buscar aquilo que parece preenchimento, mas que
não é. Entramos em uma espécie de círculo vicioso.
O
preenchimento é interno, disse Osho, não exatamente com
estas palavras que estou usando. Mas, ele disse e está super
certo. Se pudesse fazer outra analogia específica para este
ponto, diria que o preenchimento interno funciona como
células que nascem em nós, criando estruturas vivas e
consistentes no nosso Eu. As células nascem, se renovam e se
modificam por meio de processos. A diferença é que eles não
nos entopem. São leves, pois estão presentes na medida exata
nos nossos interiores.
É óbvio que o preenchimento
interno tem alguma influência de informações do mundo
externo. Todavia, a diferença é que nos transformamos
mediante essas informações, porém sob nosso total controle.
Nós definimos aquilo que presta e aquilo que não presta. É
como se estivéssemos em uma dieta, selecionando
criteriosamente os alimentos que vamos ingerir para
atingirmos nossos objetivos.
Quando você começa a se
ouvir, a dar mais atenção às suas intuições, começa a
expelir aqueles gases do mundo externo, dando espaço para
que as células possam nascer e criar estruturas consistentes
em você.
Sei muito bem que no início baterá alguma
insegurança para seguir aquilo que seu interior está lhe
dizendo. Mas, se você tiver coragem de segui-lo e persistir
neste pensamento, mesmo que equívocos sejam cometidos,
certamente sua vida será melhor, mais plena e completa.
Erros e acertos fazem parte da vida. São eles que nos
transformam para melhor.
Portanto, preste mais
atenção em você! Observe-se mais! Você merece esta
oportunidade! Permite-se ser olhada(o) por você mesma(o). No
mínimo, você elevará seu amor-próprio, sua autoestima e sua
autoconfiança.
Por Prem Prabhu
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