Valorize a mulher enquanto ela está ao seu lado. Valorize-se!

 

Postado em 12 de fevereiro de 2018



Conversava há poucos dias com um homem que me pediu conselhos para reconquistar sua mulher. Ele queria saber se o Tantra poderia ajudá-lo, vez que estava muito triste.

Disse que ela o deixou perto do final do ano passado (2017), depois de alguns anos de muitos sofrimentos causados por farras, bebedeiras, outras mulheres, ausências e agressões verbais que ele cometia repetidas vezes, mas que nunca a agrediu fisicamente.

 



Afirmou que, quando ela decidiu se separar dele, depois de mais de 08 anos de casamento, falou com todas as letras que o amor tinha acabado, tudo com muita “frieza”. Do término do casamento, até o dia que conversou comigo, ela ligou para ele apenas para tratar da pensão da filha e dos dias que ele poderia ver a menina. Apesar de ele ter tentado conversar sobre o relacionamento, ela se negava, afirmando que era um assunto superado. Disse que, dois dias antes do nosso contato, ela tinha ajuizado ação para receber a pensão, porque ele decidiu nada pagar, vez que tinha esperança que voltassem.

Para completar o problema, segundo ele, uma amiga da sua ex-mulher informou que ela estava namorando um homem que conheceu logo após a separação, que estava feliz e que isso estava causando muito sofrimento a ele, chegando a afirmar que ela nunca o amou. Resumidamente, foram essas as informações que me passou.

O objetivo dele, ao me procurar, foi saber o que o Tantra poderia fazer para salvar seu relacionamento. Nesse aspecto eu afirmei não saber o que o Tantra poderia fazer pelo relacionamento que ele NÃO TEM MAIS com a ex-mulher dele, mas que sabia o que o Tantra poderia fazer por ele, para que melhorasse como ser humano e homem, de forma que aprendesse a tratar as mulheres como Deusas e ele se visse como um Deus, passando a viver uma relação de encontro de Deuses, com a fluência de um amor que nasce a partir do amor-próprio de cada um.

Afirmei que não via para ele outra saída diferente de buscar sua transformação e que o término da relação deveria ser visto por ele como uma grande oportunidade para tal, mas que ele deveria chegar a esta conclusão.

Disse que chamou muita minha atenção quando ele colocou que sua ex-mulher terminou a relação com frieza. Afirmei que, na verdade, o que ele classifica dessa maneira, provavelmente, se chama tranquilidade, oriunda de uma decisão consciente, de quem resgatou seu amor-próprio e que ele deveria pensar em resgatar o dele também.

Falei que, na minha visão, eles tinham vivido uma relação onde o amor não fluiu, ou deixou de fluir em algum momento, porque ela não teve amor-próprio ao aturar tudo que ele fazia e ele também não ao fazer tantas coisas ruins para ele mesmo e que a magoavam.

Afirmei que ele deveria parar e refletir sobre as transformações que precisa fazer imediatamente, parar de remoer o passado, deixar fluir e ser mais respeitoso e amoroso com sua ex-mulher e sua filha. Falei também para ele refletir se o sofrimento e desespero que ele está passando agora não é uma questão de apego e ego, pelo fato de sua ex-mulher estar com outro homem.

Disse que ambos são responsáveis pelo término da relação, pois ele fez e ela permitiu, ao permanecer ao lado dele, dessa maneira, por anos. Falei para não carregar sentimentos de culpas, mas ter consciência das suas responsabilidades e que precisa chegar à conclusão de buscar transformar seu interior em relação às mulheres. Algo para ele e não para recuperar seu casamento.

Falei para ele ler e se informar melhor sobre o Tantra, com profundidade, até mesmo para saber se há alguma identificação com a filosofia.

Quase no fim, ele me disse que estava um pouco decepcionado com a nossa conversa, pois esperava receber um acalento da minha parte. Eu disse que não dou conselhos amorosos, tampouco busco acalentar ninguém numa situação como esta. Falei que terapeuta tântrico não é conselheiro amoroso e que o meu objetivo é fazer ele refletir para que encontre suas respostas.

Repeti para ele um pensamento de Osho: “Qual é o assunto de discussão central do Tantra? A resposta é você! Você é o assunto de discussão central do Tantra: o que você é agora e o que está escondido em você que pode crescer, o que você é e o que você pode se ser. "

Ele afirmou que iria refletir. Cabe a ele decidir o que fará de agora em diante. Me coloquei à disposição, adiantando, porém, que nossas conversas não sairiam muito do que tratamos, mas que poderia contar comigo se chegar à conclusão de que o Tantra é um bom caminho para ele.

 

 

Por Prem Prabhu