Sobre a vagina rosa, o Tantra e a objetificação das mulheres

Postado em 20 de junho de 2018

Acho irônico como é a sociedade. Vive criticando o Tantra, a massagem tântrica e muitas das nossas práticas, cheia de falsos pudores, como se vivêssemos em erros e libertinagens. Condenam sem conhecer e não fazem a menor questão de entender que, nós que fluímos o Tantra, tratamos as mulheres com devida sacralidade. Para nós, as mulheres são Deusas! Também por isso, as mulheres que fluem o Tantra são mais felizes, pois se sentem verdadeiras Deusas, plenas, completas e poderosas. Nós que fluímos o Tantra, não objetificamos as mulheres, nem os homens. Pelo contrário, nós buscamos suas elevações. Nós tratamos com todos como amor, como se divindades fossem.

Vocês poderão ver homens e mulheres que fluem o Tantra apenas fluindo liberdade, leveza, sexualidade, prazer, muitos orgasmos, felicidades e, principalmente amor. Vocês jamais verão pessoas que fluem o Tantra tratando quem quer que seja como objeto sexual. Existe muito respeito, pois, para o Tantra, você é sagrada(o).

Tratamos a vagina com a sacralidade que ela tem. A tratamos como YONI, porque a sentimos como, como "passagem divina", "lugar de nascimento", "fonte de vida", "templo sagrado", "portal de luz" e tudo que de mais maravilhoso existe. E as mulheres que fluem o Tantra sentem suas vaginas da mesmíssima maneira.

Posto isso, penso que casos como este devam servir para refletirmos acerca da objetificação e o desrespeito com o qual as mulheres são tratadas. Não são apenas esses vídeos. São as músicas também, por exemplo. O vídeo em questão é apenas um resultado de um verdadeiro desastre que é o tratamento que dispensamos às mulheres e que muitas acham natural também. Este desrespeito está nas coisas mais sensíveis do dia a dia. São somas e mais somas de coisas pequenas, que apenas se tornam grandes.

A objetificação das mulheres está no seio da sociedade. É óbvio que, nas redes sociais, um bando de hipócritas entrará na onda do politicamente correto e farão suas críticas. Alguns homens fazem isso até para garimpar algumas mulheres. Só que a objetificação da mulher não é uma questão de ser politicamente correto. É uma questão que precisa ser combatida na educação das crianças, das meninas e meninos. Ou quebramos essa criação machista e patriarcal que temos, lá na sua origem, ou nada mudará. As mães têm um papel fundamental nisso.

Por Prem Prabhu