Sobre a massagem tântrica de a quantidade de sessões

 

Postado em 03 de setembro de 2017

 

Antes da primeira sessão, sempre busco entender os motivos que levam as pacientes a buscarem a massagem tântrica, por meio de conversas. Converso por telefone dias antes e no dia da sessão. Todavia, as certezas que preciso para traçar uma linha terapêutica vêm apenas após a realização da primeira sessão. Pode ser sim que necessite da segunda sessão. Mas, são situações que ocorrem com menos frequência. Bem, cada caso é um caso e não gosto de criar estatísticas. As repostas são muito sutis, cabe salientar.

 



Muitas vezes, futuras pacientes me questionam acerca do número de sessões que necessitarão fazer. Eu sempre respondo que isso eu só poderei responder depois do primeiro atendimento, no mínimo. Não gosto de chutar. Conversas são importantíssimas, mas certezas são construídas apenas no decorrer das sessões. Não trabalho com base em achismos. A Massagem Tântrica é uma enorme troca de energias e, por isso, preciso sentir a paciente por inteira.

Embora Massagem Tântrica tenha ganho certa notoriedade, principalmente nos últimos 10 anos, é fato que ela ainda é norteada por uma série de tabus, paradigmas e preconceitos. Entendo que isso é algo natural, principalmente diante da intromissão das religiões nas nossas sexualidades. Afinal de contas, quando tratamos da nossa sexualidade e somos bem sucedidos, nos tornamos pessoas felizes e livres. Consequentemente, não estaremos mais aptos a formar rebanhos.

Mesmo com essa notoriedade, ainda são poucas as pessoas que buscam a terapia. Os homens, apenas para exemplificar, não conseguem conceber o orgasmo sem a ejaculação. Já as mulheres, a maioria esmagadora, também para exemplificar, carregam nas suas criações sexualidades reprimidas e oprimidas. Homens e mulheres, a maioria esmagadora, não conseguem dissociar a terapia e seus nfinitos estímulos de um ato sexual. E isso, inevitavelmente, leva a uma perda de crença nos diversos resultados que a massagem tântrica pode oferecer para as nossas vidas.

O tempo vai moldando o terapeuta. Cada paciente atendida é uma experiência nova. Não me dou ao luxo de traçar uma terapêutica sem sentir a paciente, porque algumas tendem a suprimir informações nas conversas antes da primeira sessão. Suprimem, porque ainda estão muito envolvidas nas questões cotidianas que envolvem suas sexualidades e eu as entendo perfeitamente, até porque, até aquele momento, ainda sou um estranho para elas. Não são raras as vezes em que, após a primeira sessão, a conversa ocorre de forma mais aberta. Se sentem livres para falar abertamente. Trazem mais informações.

Existem também as pacientes que dizem já ter experimentado terapia, algumas por mais de 04 vezes. Mesmo assim, não traço diagnósticos sem sentir, ainda que eu conheça quem as atendeu. Respeito muito o trabalho dos meus colegas, mas do meu trabalho eu sei, assim como eles sabem dos deles. Cada um no seu quadrado.

Tal como já afirmei, não trabalho para prender pacientes à massagem tântrica, muito menos a terapeutas. O ideal é, de acordo com a evolução de casa paciente, é aumentar gradativamente o espaço de tempo entre as sessões, de forma que elas, dentro do contexto do que foram buscar, caminhem sozinhas. Pode ser que comecemos com sessões semanais ou quinzenais. Depois passem para mensais, bimestrais, trimestrais, semestrais, até anuais. Tenho pacientes comigo há anos que me procuram uma ou duas vezes ao ano. Mas, são pacientes que passaram pela terapêutica e que levaram elementos da massagem para suas rotinas por meio do autoprazer, com muita disciplina e foco nelas mesmas.

 

Por Prem Prabhu