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Os medos dos seus conselheiros não são seus
Postado em 12 de maio de 2018
Muitas vezes, nossas inseguranças nos fazem buscar conselhos
em pessoas que achamos seguras, mas que, na realidade, são
tão ou mais inseguras que nós. O resultado disso é que
deixamos de viver experiências e aprendizados incríveis e
não aproveitamos oportunidades que poderiam ser verdadeiras
divisoras de águas em nossas vidas.

Não estou pregando que devemos ser inconsequentes ou
irresponsáveis. Não é isso. Estou falando é que o excesso de
cautela é ruim, é medo. Estou falando de se mover pelo medo,
de uma vida paralisada. Precisamos aprender a ouvir mais
aquela voz que nos diz "vá em frente" e menos aquelas vozes
externas dizendo para tomarmos cuidado com tudo é todos, que
só nos passa a informação de que somos frágeis ou fracos.
Somos fortes!
Ouvir as pessoas não é totalmente ruim.
Avaliar pontos de vistas diferentes e refletir sobre eles, é
algo que pode ser feito de forma positiva. Mas, isso não
pode ser algo absoluto dentro de nós, pois corremos o risco
de viver a vida dos nossos conselheiros, a vida ideal deles.
Existe uma coisa deliciosa chamada zona de conforto, em
que a maioria esmagadora das pessoas se encontra ou está
buscando entrar. Diria que é o cantinho do medo, do receio,
da preguiça, da estagnação, dentre outras coisas que impedem
nossa evolução. Porém, mesmo sendo deliciosa, pelos seus
habitantes, podemos dizer que nada ali nasce e/ou se
desenvolve. Falando do medo e do receio, a zona de conforto
é um habitat incrível.
Realmente, ir ao desconhecido,
aceitar desafios e, principalmente seus riscos, nos retira
totalmente da zona de conforto. Existe um universo incrível
de excelentes possibilidades fora dessa zona.
Particularmente, penso que, se algo novo aparece e me atrai,
passarei a refletir sobre os motivos que fazem ele me atrair
e não pelo medo.
Precisamos ser mais autoconfiantes.
Sei que crescemos norteados pelo medo. Mas, precisamos
romper com isso e acreditar mais na nossa capacidade de
recuperação, em qualquer situação adversa. Falando de
questões existenciais, o medo, em muitos casos, está na
descrença da nossa capacidade de reagirmos e nos
recuperamos. Só que temos essa capacidade dentro de nós.
Todos nós temos. Todos somos fortes. É uma questão de
enxergar e ativar nossa força.
Não paute suas
capacidades de reação e recuperação pela dos outros. Não
limite sua vontade e sua coragem pela dos outros. É a sua
vida que está em questão e não a dos outros. Os outros não
ficarão corroídos pelo sentimento de arrependimento de não
ter ao menos tentado. Os outros viverão as vidas deles e não
a sua. Suas frustrações não serão sentidas pelos outros. O
tempo da sua vida é seu e não dos outros.
Decida seu
caminho por você e não pelos caminhos que os outros acham
que você deve seguir. Seus conselheiros não viverão no seu
lugar.
Se você quiser viver uma experiência de vida,
de preferência, busque ouvir quem já passou por ela e não
quem jamais passou. Afinal de contas, muitas pessoas não
vivem novas experiências, simplesmente, porque tiveram ou
têm medo.
Viva aquilo que faça seu coração vibrar.
Entenda que a vida em si é neutra e são as suas escolhas que
farão você viver ou sobreviver. Só que sobrevivência não é
vida.
Por Prem Prabhu
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