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Errar todos nós erramos e, certamente, erraremos.
Nada é mais humano que nossos erros. A questão não
são os erros em si, mas sim o fato de não
conseguirmos nos perdoar por tê-los cometidos.
Se hoje chegamos à conclusão de que erramos em
seja lá o for, significa que demos um passo adiante,
pois somos seres em constantes evoluções e
transformações. Então, o que conta é a nossa
consciência atual e não a consciência passada.
Assim, caso não nos perdoemos pelos erros
cometidos, teremos nosso processo evolutivo
comprometido, porque, a falta de autoperdão, nos
prenderá ao passado, ou seja, à nossa velha
consciência.
Por pior que tenham sido os
erros cometidos, temos que aprender nos perdoar. Os
ciclos de aprendizado dos nossos erros somente
terminam com o autoperdão. Enquanto não nos
perdoarmos, permaneceremos girando em círculos e não
teremos aprendido nada. Com efeito, o que fará com
que não cometamos mais erros, será medo de errar.
A questão é que o medo de errar não pode
superar a vontade de acertar. Não falo de acertar
com as outras pessoas. Falo de acertar com nós
mesmos. E é esta vontade de acertar que nos
transformará.
A melhor forma de superarmos e
perdoamos nossos erros é ter consciência de que
erramos. Não há a menor necessidade de sofrimentos;
de nos corroermos por dentro.
Precisamos
aprender o autoperdão para que consigamos perdoar
nossos semelhantes, levando isso adiante, para que
eles nos perdoem também, cada um aprendendo com seu
próprio autoperdão. Dessa maneira, não seremos,
desnecessariamente, sobrecarregados de passado.
A nova consciência, ou consciência atual, é o
que de fato nos faz chegar à conclusão que erramos.
Ela precisa trabalhar liberta do passado para que
seja realmente nova e nos faça seguir adiante!
Mesmo sem intenção, erramos com as pessoas e,
por vezes, é natural que desejemos que elas nos
perdoem. Aqui o autoperdão também é importante, pois
precisamos transmitir verdades. Precisamos
transmitir que, antes de tudo, nos perdoamos, pois
fica difícil pedir algo a alguém que não achamos
certo.
O autoperdão é libertador. É uma
ruptura com o passado e uma história de amor com o
presente. É deixar para traz a velha consciência
para o desenvolvimento e ampliação de uma nova.
Por Marcelo
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