Massagem tântrica para mulheres: decisão
 
 

Assim como é muito comum a maioria das mulheres experimentarem grandes e profundas excitações quando estão conhecendo a massagem tântrica, suas possibilidades e seus efeitos objetivos voltados ao prazer, também é comum que fiquem reticentes em viver a experiência. O receio de sofrerem algum tipo de abuso ou violência existe, mas, atualmente, este não vem sendo o fator preponderante que tem pesado nas decisões de viverem ou não a experiência, até porque, com a tecnologia, quase tudo é passível de ser rastreado.

Como já coloquei abertamente em alguns textos, a massagem tem elementos matriarcais, sensoriais e desrepressores que, em mais 95% das vezes, embora não seja uma relação sexual (este não é o propósito), a torna mais íntima que uma relação convencional, principalmente se considerarmos a banalização da sexualidade e do sexo hoje em dia. E se considerarmos também a enorme déficit de sensorialidade que existe em um momento que deveria ser mágico, mas que, infelizmente, é cercado de pesos, ficando extremamente sobrecarregado, teremos uma conjunção de fatores que torna tudo mais complexo.

Contudo, não é só por conta da banalização da sexualidade e do sexo que a massagem se torna mais intima que uma relação sexual convencional. É fato que a massagem requer um nível elevado de entrega e permissibilidade (o ato de se permitir) de uma mulher com ela mesma e de forma muito intensa, fora das curvas das quais estão habituadas. E isso é algo para o qual a maioria não foi educada na infância, não encontra nas fases de juventude e adulta.

 

A massagem tântrica é um ato de amor que envolve carinho, respeito e fluxos muito fortes de energias entre terapeuta e paciente. Ou seja, para o Tantra, tocar alguém é sagrado. Este entendimento não observamos e sentimos na esmagadora maioria das relações sexuais convencionais. No sexo convencional as pessoas não estão se integrando, participam de um mesmo ato, mas com suas cabeças pensando cada uma em si e, não raras vezes, com suas mentes vagando por outros lugares e momentos, que não aquele sagrado que está acontecendo e que deixa de ser sagrado por isso.


Entre obter as informações e realmente viver a experiência existe um abismo, que tem explicação coerente: o processo decisório envolve a ruptura de uma série de tabus e paradigmas, que a maioria das mulheres carrega por conta das suas criações com pilares patriarcais, machistas, opressoras e repressoras, que contamina não só a base familiar, mas toda sociedade, inclusive as próprias mulheres nas suas relações umas com as outras.

Ocorre que, quando a decisão de viver e experiência é tomada por uma mulher e ela vai até local, significa que toda ou a esmagadora maioria dessas questões negativas da criação já foram rompidas, mesmo que ainda seja uma situação que ela não tenha percebido.

E essa ruptura também pode ser explicada: a liberdade está na natureza dos seres humanos e isso está ainda mais potencializado nas mulheres, justamente pelo modelo e sociedade machista, repressora e anti-sensorial que elas vivem. Não é a massagem que rompe as questões negativas da criação que aprisionam as mulheres. Não é o terapeuta que as convence. Toda essa ruptura é realizada por elas, em seus interiores, quando escolhem a liberdade existencial, em vez da prisão.

A energia sexual corre em todos nós é a que nos move. Nossa sexualidade está presente em tudo que sentimos, pensamos e fazemos. Por isso, é a natureza que grita por liberdade. A sexualidade é a nossa essência e não podemos simplesmente represá-la ou negá-la. Só que as pessoas teimam em negá-la, justamente porque a educação que temos a leva forçadamente para certames negativos que nada tem a ver com ela. Bem, acredito que essa parte esteja entendida, né?

Então, posso afirmar, com base nas experiências incríveis que vi e vivi junto às milhares de mulheres que tive a honra de atender com a massagem durante esses anos, que o restante dessas questões negativas acerca da sexualidade, que eventualmente permaneçam até elas chegaram ao local, se diluem rapidamente e que tudo flui perfeitamente na esmagadora maioria dos casos. Quando não há essa diluição, estamos falando de raríssimas exceções.

Enfim, sou muito insistente na questão da decisão consciente. Não insisto nisso para dar um peso maior sobre a decisão de viver ou não a experiência. Faço isso para que os resultados sejam os melhores possíveis e, para tal, é importante a consciência, pois, somente assim tudo fluirá dentro da mulher que será atendida, de forma que ela tenha condições de se libertar, de se soltar, de se permitir e realmente relaxar.

 

 

Por Marcelo