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Interrompendo a terapia por causa de homens
Postado em 24 de julho de 2017
As questões que fazem as mulheres
procurarem a massagem tântrica são as mais diversas. Porém,
praticamente todas com grandes níveis de profundidade,
visando plenitude, completude, felicidade, libertação,
ressignificação, dentre muitas outras. Uma minoria busca a
massagem apenas para conhecê-la, ou por simples momentos de
prazer. A imensa maioria retorna para a segunda, terceira,
ou quarta sessão. Uma quantidade considerável por anos.

Recebo sim muitas pacientes com questões complexas, com
seus emocionais detonados por homens (principalmente),
pessoas próximas e até familiares. Chegam perdidas dentro
delas mesmas, tristes, angustiadas, ansiosas, bloqueadas nas
suas sexualidades, com nível de stress nas alturas,
autoestimas baixíssimas, dentre outras coisas ruins. São
mulheres solteiras, casadas, noivas, que estão namorando, ou
em algum tipo de relacionamento.
Quando começam a
receber a massagem tântrica, as respostas que vieram buscar
também começam a aparecer, destacando que sempre a partir de
dentro delas. Junto com essas respostas, vem a melhora do
bem estar, das noites de sono, da autoestima. Seus femininos
despertam de forma incrível e elas realmente começam a
empoderarem-se. Ou seja, entram no caminho da completude, da
plenitude e da felicidade, e começam a entender que, tal
como diz Osho, o nosso preenchimento é interno e que,
portanto, ninguém nos preencherá. Destaco: começam!
Fazem muitas vezes até quatro sessões e, quando estão
começando a perceber os resultados, acabam conhecendo
alguém, ou conseguem ajustar as suas relações que antes não
estavam indo lá muito bem.
Defini Como metodologia de
trabalho que não quero pacientes dependentes da massagem
tântrica, muito menos do terapeuta. Afirmo para todas as
minhas pacientes que massagem se contextualiza com uma
terapêutica e que, além das sessões, elas devem levar a
prática do autoprazer para seu dia a dia. O autoprazer é
simples, um pequeno pedaço da terapia que elas poderão levar
para casa, contemplando respiração, meditação e alguns
toques. As sessões podem, caso a caso, serem semanais ou
quinzenais. Depois passam para mensais, bimestrais,
trimestrais, semestrais e anuais. Tenho pacientes que estão
comigo desde 2006 que hoje fazem uma ou duas sessões por
ano. Não existe uma regra. Cada paciente é única e tem a sua
própria realidade. A diferença é que passam a se perceberem
melhor.
Esta semana, três fatos similares chamaram
minha atenção e verifiquei, por ato falho meu, que ainda não
tinha escrito sobre eles. Duas pacientes entraram em contato
comigo querendo retornar às sessões, ambas, depois de mais
de um ano. Outra falou que gostaria de interromper o que ela
mesmo definiu como tratamento.
Quando uma paciente
define para ela mesma que deseja parar, eu não questiono e
nem pergunto os motivos, pois já sei quais são e acredito
que elas sejam totalmente capazes de saber o que é melhor
para elas mesmas. Defendo livre-arbítrio sempre. Apena me
limito a afirmar, quando entendo não ser o momento de parar
ou interromper, que acho uma pena. E acho mesmo!
Nos
três casos, as decisões de parar a terapêutica tem a ver com
homens. Duas me relataram e a outra é uma repetição de
história. Em praticamente todos, noto a influência de
homens. Nos dois casos cujas decisões foram de retomar,
verifiquei, apenas pelo contato, que tudo que estava sendo
trabalhado regrediu consideravelmente. Se foi tudo perdido,
ou não, saberei apenas quando atendê-las.
Quando
decidem retomar a terapia, as recebo de braços abertos e,
neste momento, coloco minhas opiniões acerca das decisões
que elas tomaram. E deixo para que elas decidam se, no
futuro, terão as mesmas atitudes em relação a elas mesmas.
As pessoas, em meio a tantas propagandas sobre a
massagem tântrica, não conseguem perceber que ela é
processual e que o processo de cada paciente é único. Não é
porque começaram a evoluir e a perceberem essa evolução,
obtendo algumas respostas, que tudo foi resolvido. É
necessário ouvir o terapeuta. Muitas não querem ouvir.
Paciência!
Embora veja que muitas respostas estejam
sendo obtidas por essas pacientes, noto que a percepção
sobre a massagem em si não mudou significativamente para
elas. A atitude de interromper a terapia por causa de homens
evidencia o fato de que não conseguiram, lá no seus amagos,
dissociar a terapia do sexo e que ainda buscam no externo
seus preenchimentos internos. Ainda têm dependência de
felicidade baseada nos homens. E isso, inevitavelmente,
induz uma certa ideia de subserviência, de dependência, vez
que pararam de fazer algo que estava fazendo um bem tremendo
para elas, segundo seus próprios relatos, segundo seus
próprios comportamentos, por causa dos homens.
Por Prem Prabhu
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