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Interesseiras & interesseiros
Postado em 03 de janeiro de 2019
Se você acha que pode mudar as pessoas, sinto muito, mas a
verdade é que você não pode. Você, no máximo, poderá
estimulá-las. Porém, elas farão as mudanças que entenderem
que precisam por elas mesmas. Mas, é necessário ter em mente
que tudo isso envolve o melhor interesse de quem está
mudando, mudou ou deseja mudar.

Fala-se muito, por exemplo, que alguns homens mudam por
causa de algumas mulheres (e ao contrário). Isso não é
verdade. As pessoas servem de estímulos umas às outras, no
máximo. O amor é uma energia estimulante que se potencializa
com o compartilhamento. Neste sentido, e em última análise,
as pessoas mudam, porque ter as outras aos seus lados, para
poderem compartilhar amor, é extremamente importante. Existe
um interesse grande envolvido nisso.
Sim, as pessoas
mudam por elas mesmas, de acordo com seus melhores
interesses e o estímulo é justamente o alvo ou objetivo que
se deseja atingir para satisfazer tais interesses. A questão
é que, muitas vezes, nas relações, damos tom pejorativo à
palavra interesse, quando não deveríamos fazer assim. Somos
interesseiros é isto é um fato.
Então, se você gosta
de alguém e entende que a pessoa precisa mudar para que
fique com você, trata-se de uma satisfação dos seus
interesses. Ou seja, tudo que você está fazendo para
estimular tais mudanças também é interesse. No entanto, se a
pessoa não muda para adequar-se minimamente a você, ao seu
jeito de ser, significa que você não despertou nela o
interesse em mudar. É aqui é que mora o X da questão:
talvez, você precise mudar o seu jeito de ser para ficar com
ela, pois será do seu interesse.
O amor em si não é
um interesse. Mas, seu compartilhamento envolve sim uma
série de interesses. Por isso é que, na prática, as pessoas
não saem por aí compartilhando amor com qualquer outra.
Por Prem Prabhu
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