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Importante: mais sobre o autoconhecimento
Postado em 03 de junho de 2018
Este texto pode ser muito útil para sua vida pessoal e
profissional.
Passar por processos de transformação,
poder senti-los de perto e ver tudo que está mudando em nós
mesmos é algo fascinante. Quando começamos a sentir que
estamos no caminho do autoconhecimento, passando a entender
a imensa maioria das nossas reações, comportamentos e
sentimentos em relação a nós mesmos e ao mundo, é algo
magnífico. Saber que estamos em um processo que, talvez,
acabe com o fim das nossas vidas, é motivador, porque torna
a vida cada vez mais apaixonante e excitante.
Uma
das coisas mais importantes que o autoconhecimento
desenvolve, é a capacidade de nos movermos por nós mesmos. O
que as outras pessoas falam ou acham de nós deixa de ser
relevante ao ponto de se tornarem verdades para conduzirmos
nossas caminhadas. Não mais nos movemos pelo externo, pelos
outros. Aprendemos a nos preencher. Os outros não nos
preenchem, porque o preenchimento é interno, tal como disse
Osho.

Aprendemos a ouvir as pessoas, mas sem absorver o que
elas nos falam como verdade absoluta, de forma direta, como
se estivéssemos engolindo algo sem mastigar. Aprendemos a
mastigar e saborear, obtendo uma digestão perfeita. Isso
quer dizer que passamos a processar todas as informações que
recebemos, aproveitando aquilo que realmente se encaixa em
nós. E o melhor é que isso não significa que eliminamos o
ego. Apenas é um indicativo que de aprendemos a ter um
controle mínimo e satisfatório sobre ele. É impossível no
mundo de hoje eliminar o ego na sua totalidade. Como também
disse Osho, se uma pessoa virar para você e afirmar não ter
ego, pode acreditar que é o ego falando por ela.
Quando recebemos uma crítica dura ou nos falam algo que não
nos agrade, certamente aquilo não nos moverá mais em direção
ao fundo do poço. Ou seja, a tristeza não encontra mais
espaço dentro da nossa existência, pois teremos consciência
ampliada o suficiente para entender que, se foi um caso
isolado de falha, podemos muda-lo e, se não foi isolado,
também podemos muda-lo. Ganhamos capilaridade suficiente
para entender que, se as mudanças forem necessárias,
estaremos prontos para fazê-las, no momento certo, no nosso
momento, porque depende apenas de nós mesmos e é de nossa
inteira responsabilidade. Não mais nos culpamos, ou culpamos
Deus e o mundo pelas nossas falhas. Assumimos tudo.
Isso não significa que deixaremos de ter nossos momentos de
tristeza. Certamente os teremos. Mas serão apenas momentos e
não constantes. Também não oscilaremos mais, num vai e vem
de alegrias e tristezas. A tristeza dá aquela encostadinha,
mas não entra. Ela não encontra abrigo e, portanto, não nos
consumirá.
Da mesma forma que críticas não nos movem
mais, os elogios, por maiores que sejam, também não. Nossos
egos não inflam ou esvaziam. Não nos movemos por nada que
seja externo, seja pelo que é bom, seja pelo que é ruim. Não
nos movemos pelo ego. Não existe um meio termo. Se você se
move pelo elogio, se moverá pela crítica mais dura também.
O autoconhecimento nos ajuda muito, é maravilhoso e
mágico. Contudo, ele não nos torna seres perfeitos,
superiores ou blindados. Estamos tão suscetíveis a falhas e
aos problemas como qualquer outra pessoa. A questão é que
saberemos trabalhar as falhas e os problemas de forma que
não nos deixem tristes, ansiosos, angustiados, estressados,
irritados e raivosos. A questão é que conseguimos ter
controle importante sobre o nossas reações, comportamentos e
sentimentos. Passamos querer muito preservar a nossa paz
interior e a nossa felicidade.
Não acredito que nada
nem ninguém seja 100%. Eu não sou e estou bem longe disso.
Aliás, nem tenho esse desejo, pois a vida seria muito chata
e previsível. Todavia não posso negar que estar no caminho
do autoconhecimento me faz um ser humano, um homem mais
completo e pleno, para mim mesmo. E isso, inevitavelmente, é
compartilhado com meus semelhantes. Afinal, somos seres
interdependentes e precisamos estar em contato com outras
pessoas. Isso quer dizer que estamos sempre compartilhando o
que temos em nós, em forma de energia.
Não quero
passar a ideia de que a ampliação da autoconsciência, o
caminho do autoconhecimento e a autoaceitação são simples e
fáceis. Até chegarmos a um ponto de consistência mínima,
requer tempo e persistência. Enfrentaremos altos e baixos,
tempos bons e ruins. De fato é um processo.
Penso
que o melhor é mais curto caminho para o autoconhecimento é
a meditação. Aliás, mal e parcamente conheço outros. A
questão aqui é que as pessoas desistem de meditar, porque
acham que basta sentar, colocar uma música calma ao fundo,
acender uma vela aromática e conseguirão meditar. Não, não é
tão simples assim. A meditação é um processo. Permanecer
calmo é um primeiro e importante passo, mas não é a
meditação. As pessoas sequer querem permanecer calmas. Não
têm paciência com elas mesmas.
A massagem tântrica
ajuda muito neste processo, pelo seu trabalho de respiração
com toques sensoriais, que induzem as pacientes a um a
calmaria extrema e, até mesmo, a um momento intenso de
meditação. Outras práticas contextualizadas com o Tantra e a
Yoga também são excelentes.
Busque o
autoconhecimento. Ele traz autoconfiança, segurança,
equilíbrio, amor-próprio e muitas maravilhas para nossas
vidas. Encare o processo, seja paciente com você mesma.
Quebre as ansiedades. Não crie expectativas. Renda-se a você
mesma.
Por Prem Prabhu
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