Fazer amor, ou fazer sexo?
 

Postado em 10 de julho de 2017

 

Qual a diferença entre fazer sexo e fazer amor? Para mim, da maneira como o sexo é tratado pelas pessoas, digo que não existem diferenças consideráveis em relação ao ato em si. O orgasmo usual, não seria diferença em nenhum aspecto, pois ele pode acontecer com, ou sem sentimentos. O orgasmo está dentro de cada pessoa, precisando ser estimulado, despertado. Mas, este é um tema complexo, que não é o foco do presente texto.

 



Não vejo diferença nas palavras e nas descrições das pessoas sobre o ato em si, quando, conversam sobre fazer sexo, ou fazer amor. Nas duas situações, independente do sentimento, existirão cobranças e imputação de culpas quando o resultado orgasmo pretendido não for obtido. Nas duas situações existem regras e protocolos as serem seguidos. As duas situações são mecanizadas e influenciadas pelas indústrias da sensualidade e da pornografia, que bancam milhares de mídias, que nos enchem de conceitos sobre sexo, esquecendo-se da sexualidade e, principalmente, do amor. Essa indústrias movimentam bilhões de dólares por ano e querem ver sempre as pessoas em busca da felicidade e do prazer. Uma busca que não pode ter fim.

Na cabeça das pessoas foram criadas diferenças para a mesma coisa. Fazer amor, mais me parece uma designação, principalmente, por parte das mulheres, para dizer: 'olha, eu só faço sexo com sentimento. Não sou fácil, ou vulgar'. A questão é que, nem sempre, diria na maioria das casos, isso representa uma verdade. Trata-se de uma resposta social íntima e para o externo. Basta ver o número de mulheres com desejos reprimidos, vivendo relacionamentos com homens que amam. Isso acontece quando o amor existe, mas o sexo não é vivido.

Fazer amor, numa média, é fazer sexo com quem se gosta, ou se ama, muitas vezes, motivado por paixão e também ligado ao fechado conceito de relacionamento. Mesmo assim, é ato de fazer e não de viver. Muitas relações, de anos, começam com as pessoas fazendo amor e, com o passar do tempo, tudo se esfria, porque é feito e não vivido. É obrigação, é trabalho. Tem responsabilidades envolvidas. Não é divertimento, não é leve. Não tem alma!

Viver o sexo é bem diferente. Quem se propôs a ler o texto publicado ontem, sob o título "PARE DE FAZER SEXO", entenderá o que estou afirmando.

Sexo não dever ser feito e o amor muito menos. Sexo é para ser vivido. No sexo vivido, é necessário que o amor esteja presente, a começar, principalmente, pelo amor-próprio de ambos, indo até o amor pela outra pessoa. O amor está presente por ser amor. Nesse amor, não existem conceitos fechados de relacionamento. Existe vontades mútuas no sentido de deixar que as energias fluam na mesma direção.

Então, quando me perguntam a diferença entre fazer sexo e fazer amor, eu digo que são dois conceitos para a mesmíssima coisa.

Todavia, aqui vai um consolo, especificamente, para que as pessoas que se identifiquem com o que estou escrevendo não fiquem com raiva de mim e, assim, possam permanecer em suas zonas de conforto, caso se neguem a fazer reflexões: existem exceções!

Entendo que caiba sim uma boa reflexão!

 

 

 

Por Prem Prabhu