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Energia sexual sem paranoias
Postado em 07 de janeiro de 2019
Tenho me dedicado a ler artigos de diversos autores sobre
energia sexual. Além de ser uma oportunidade de aprendizado
incrível, é importante saber o que muitos terapeutas, que
não são apenas tântricos, pensam e estão levando adiante.

Assim como a esmagadora maioria dos autores
terapeutas, considero esta energia extremamente relevante, a
nossa energia motriz, responsável por tudo em nós, pela
nossa criatividade e, principalmente pela nossa elevação
mental, material e espiritual, dentre outras maravilhas.
Concordo com a esmagadora maioria dos autores no sentido
de que devemos respeitar a energia sexual, porque, de fato,
quando bem tratada ele nos eleva, porém, quando maltratada,
ela não é inofensiva e pode nos causar problemas.
Mas, a questão é que não devemos ser radicais. Não devemos
estimular o medo nas relações entre as pessoas, muito menos
o medo das suas próprias energias sexuais e as de seus
semelhantes. O medo é extremamente opressor e repressor. Há
que se ter muita cautela na hora de tratar deste tema,
então.
Digo isso, porque noto alguns terapeutas
defendo, por exemplo, que só deve existir relação sexual
entre pessoas que estejam em relacionamentos fixos,
colocando está como única hipótese de fazer circular entre
elas a energia do amor e que esta seria a única forma
saudável de compartilhar a energia sexual, pois só assim a
energia do amor se fundirá com a energia sexual, tronando-se
uma energia única. Com esta condicionante de relacionamento
eu não posso concordar.
Claro que fluir e
compartilhar a energia sexual com a energia do amor é o que
há de melhor. Mas fechar o amor a uma condição de
relacionamento é exagero, é drástico e, portanto, resulta em
limitação para as pessoas.
Defendo sim que devemos
ser responsáveis e seletivos quanto aos nossos parceiros
sexuais. Mas, isso não quer dizer que devemos ser
restritivos, ao ponto de nos fecharmos para as outras
pessoas, para a vida e seus prazeres. É totalmente possível
respeitarmos nossas energias sexuais, sem que tenhamos que
viver um relacionamento em moldes fechados, até porque,
acredito que o amor é um conceito totalmente aberto em que
cada um ama da sua forma, de acordo com a sua própria
identidade e intensidade. Aliás, a energia sexual de cada
pessoa é única e este é mais um motivo que me coloca em
oposição aos exageros.
Fechar demais o sexo, usando a
ameaça da não inofensividade da energia sexual, quando não
bem tratada, e impor modelos para bem tratá-la, vai de
encontro à liberdade, um dos nossos bens mais preciosos e um
dos requisitos mais importantes para o prazer sexual. Esses
modelos, repito, criam condicionantes para o amor e para o
sexo, tornando-os conceitos fechados.
Estes exageros
que estão, por meio de outros caminhos, levando o sexo para
o proibido, para o sujo, tal como fazem as religiões e
religiosos, oferecerá os mesmíssimos resultados negativos
práticos nas vidas das pessoas.
Concordo com a
maioria dos autores na questão de que não existe certo ou
errado no sexo; não existe pecado ou não pecado e o que deve
ser ponderado por cada pessoa é se a relação sexual será boa
ou ruim para ela. Só que, se começamos a criar exageros em
relação a energia sexual, no final das contas, estaremos
pregando o certo e o errado e, não demora muito, o pecado e
o não pecado. É necessária muita cautela para que não se
pregue liberdade sexual proibitiva.
Não estou
defendendo o sexo pelo sexo, muito menos a banalização do
sexo. Defendo que é muito bom para as pessoas serem
seletivas e buscarem um ponto de equilíbrio apenas. Ser
seletivo significa, antes de se relacionar sexualmente,
buscar sentir a outra pessoa, prestar atenção máxima nela
para conhecê-la minimamente, o suficiente para sentir-se
seguro de que não haverá prejuízos para suas próprias
energias.
O prazer e o orgasmo são maravilhosos,
precisam ser vividos e é possível vivê-los sem que se esteja
em uma relação profunda de amor, preservando nossas
energias. O amor, é uma energia única em cada ser, que se
apresenta em formas e intensidades únicas também. Cada
pessoa deve saber sobre o seu amor, cuja medida exata pode
ser medida pelo amor-próprio que cada uma carrega, pois tudo
vem de dentro para fora.
Não há motivos para entrar
em paranoias. Não mesmo! Precisamos do prazer sexual, dos
orgasmos.
Publicarei mais textos sobre o tema, com
outros vieses. Este, somado aos outros que estão no meu
site, e os que virão, certamente darão uma boa dimensão
sobre como penso a energia sexual.
Por Prem Prabhu
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