Atitude que eu não teria

 

Postado em 04 de dezembro de 2017

 

 

Acho muito interessante algumas atitudes de colegas terapeutas tântricos com seus pacientes ou ex-pacientes. Tive um caso recente de uma mulher que se interessou pelo meu trabalho e que confirmou a sessão. Ela já tinha feito apenas uma sessão de massagem tântrica há poucos anos, com uma terapeuta com a qual mantinha contato, e afirmou ter ficado sua amiga.


Após ter marcado a sessão comigo, a mulher foi conversar com essa terapeuta amiga dela, que disse para ela não receber a minha massagem, vez que tinha um diagnóstico de compulsão sexual (dado pela terapeuta amiga) e que isso não seria bom para ela, vez que eu não daria continuidade à terapêutica.

 


A primeira coisa que me chamou atenção foi a atitude dessa terapeuta ao afirmar que eu não daria continuidade. Falou sem propriedade alguma, porque não me conhece e não conhece meu trabalho. Bem, até ali tudo bem, pois isso não me causou chateação, ou me deixou ofendido. Levantar falsos é inerente a muitos seres humanos. O que realmente deixou chateado é essa terapeuta fazer um diagnóstico como este (totalmente inconsistente) e ela mesma não dar continuidade ao tratamento da mulher ou, na impossibilidade, indicar um colega de confiança para tal. Pelo menos essa seria minha atitude. De alguma forma, buscaria viabilizar a terapêutica.


A segunda coisa que me chamou atenção foi o fato de a mulher ter levado aquilo como verdade, agindo de forma extremamente grosseira comigo, após ter conversado com amiga terapeuta. Até antes do contato, nossas muitas conversas estavam sendo extremamente cordiais e eu inclusive já tinha mencionado que esse tipo de diagnóstico não deveria vir de terapeuta sem formação específica para tal.


Veja, não fiquei chateado com o fato dela ter desmarcado a sessão. Isso acontece e faz parte do trabalho. Também não fiquei chateado pelas atitudes grosseiras, porque, lamentavelmente, isso também acontece, embora seja totalmente dispensável. O que realmente me chateou foi o diagnóstico feito que, para mim, diante das muitas conversas que mantive com essa mulher, é totalmente inconsistente.


Outra coisa que me deixou chateado foi o fato de ela ter traçado um diagnóstico sério como este, que afeta sobremaneira a felicidade de uma mulher e não ter oferecido a ela uma forma de dar continuidade à terapêutica.
Pessoalmente, como terapeuta tântrico, jamais daria esse diagnóstico. Em situações como esta, prefiro conduzir meu trabalho com base em diagnósticos dados por especialistas. Aliás sei fazer isso muito bem e acho perfeitamente possível trabalhar assim, em conjunto, complementando.


Depois disso, preferi não contestar nada. Deixei que a vida seguisse seu curso. Seria perda de tempo da minha parte tentar convencê-la do contrário. Só iria ouvir mais grosserias.


Enfim, seja comigo, ou por meio de outro terapeuta, vejo que essa amiga dela, terapeuta, não a está atendendo como deveria e não está permitindo que ela busque soluções. O motivo? Deixo para reflexão, sem julgamentos.
Quando decidi que seria terapeuta, tomei essa decisão para somar na vida das pessoas, para ajudar. Esse tipo de atitude, eu não teria. Buscaria uma solução, faria alguma coisa.
 

 

Por Prem Prabhu