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Amor-próprio, mágoas e Ego
Postado em 01 de abril
de 2019
Outro dia estava olhando a time line de uma rede social
e vi um post que dizia que amar os outros antes de si, ou
seja, não ter amor-próprio, é um crime.
Fiquei
impressionado com o peso que o post colocou sobre a questão
do amor-próprio. Não sei, sinceramente, o que passa pelas
cabeças das pessoas ao divulgarem e curtirem coisas assim .
E mais: quem publica e curte algo assim, ainda precisa
entender o que é amor-próprio e a leveza que ele representa
na vida de quem realmente o tem.

Quando alguém afirma que não ter amor-próprio é crime,
na realidade, trata isso em tom de revolta, querendo
compelir as pessoas a terem amor-próprio, algo que este
alguém ainda não desenvolveu. Isso não estimula a
consciência de ninguém. No máximo, trabalha o Ego.
Não é a revolta, o sofrimento ou a mágoa por algo que
aconteceu que fará você desenvolver seu amor-próprio. O Ego
não pode interferir neste processo, porque, se tiver Ego,
você estará fazendo isso pelos outros. E não dá para ter
amor-próprio, fazendo isto pelos outros.
Não ter amor
próprio não é crime. Não é errado e muito menos proibido.
Não ter amor-próprio é apenas uma questão de não ser bom
para você. É uma questão de ser bom ou ruim apenas. Algo seu
com você mesmo. Logo, se é seu com você mesmo, não tem peso
algum, mas sim, leveza absoluta.
Desenvolver o
amor-próprio motivado por revoltas sofrimentos é mágoas, não
tem consciência alguma. E é justamente está falta de
consciência que faz com que, em vez de amor-próprio, as
pessoas desenvolvam egoísmos, achando que é amor-próprio.
Logo, as pessoas ficam girando em círculos viciosos
constantes.
Se uma pessoa decide, por exemplo,
desenvolver o amor-próprio por causa do término de uma
relação amorosa, que se deu por vontade da outra, e isso é
muito comum entre as mulheres, lamento em dizer que não será
possível, porque isso é Ego. No entanto se este término
motivar a busca pela consciência, pela responsabilidade que
teve neste término, as chances do pleno desenvolvimento do
amor-próprio são extremamente maiores.
Todos nascemos
e, portanto, temos amor-próprio dentro de nós. Ele apenas
não foi despertado e desenvolvido. Muito disso, tem origem,
mas, religiões que pregam que devemos olhar para nossos
semelhantes antes de nós, causando um efeito inverso,
gerando egoísmos e seus desdobramentos, porque a nossa
natureza é amor-próprio puro.
O amor-próprio não é
egoísta, pelo contrário. Ele é apenas amor, uma energia que
nasce em nós para ser compartilhada. Quando nos amamos,
fluímos amor. Quando não nos amamos, fluímos Ego. A questão
é que o Ego está sempre à espera de uma contrapartida e
quando isso não acontece... Já conhecemos a história!
Por Marcelo (Prem Prabhu)
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