Acredito na força das mulheres

 

Postado em 26 de dezembro de 2017

  


Acredito ser importante falar abertamente das questões existenciais, porque elas são levadas pelas pacientes às sessões como algo que as impede de ir adiante e atingir seus objetivos. Na realidade, a motivação ocorre quando elas estão cansadas do estado em que se encontram e estão querendo se libertar dessas amarras, pois sabem exatamente onde desejam chegar.

 



Já recebi, de forma positiva, algumas críticas no sentido de que simplifico os problemas das pessoas. O que essas pessoas querem? Que eu fale que os problemas são quase impossíveis ou impossíveis de serem resolvidos? Se querem isso, podem parar de ler meus textos, ou conversar comigo, porque jamais criarei um abismo entre um problema e sua solução.

Falando do meu trabalho com mulheres, são mais de 800 atendidas nesses quase 15 anos. Portanto, já vi e vivi o bastante para entender o quanto elas são fortes e o quão enorme são seus poderes se superação. Quando uma mulher realmente quer algo, acreditem, ela consegue. Quando uma mulher vibra de fato com a energia do empoderamento e do seu feminino, que passa a correr pelo seu corpo, ela se torna uma fortaleza. Definitivamente, o termo "sexo fragil" não se aplica às mulheres.

Muitas das questões tratadas no meu trabalho, estão diretamente relacionadas com as vidas cotidianas das minhas pacientes. E muitas questões, embora, por vezes, com caminhos de soluções diferentes, acabam por ser repetir, porque, quase todas, estão ligadas relação delas com a sociedade (de maneira geral), com os homens e com as próprias mulheres.

Por isso, meu trabalho é voltado para o "olhar para dentro", de forma que a relação da paciente com o mundo externo seja mais saudável e mais harmoniosa. Nesse sentido, entendo que o grande primeiro ponto a ser vencido é fazer com que elas enxerguem a necessidade de pararem de absorver como metas suas as cobranças impostas pelo mundo externo.

Nada é mais corrosivo do que o mundo externo, se não tivermos controle de como ele penetra na nossa existência. O mundo externo é e sempre será assim. Nós é que precisamos mudar nossa relação com ele.

Então, eu não simplifico os problemas de ninguém. Apenas aprendi uma técnica (que pode ser trabalhada junto com outras) que faz com que as pessoas olhem para dentro de si e comecem a se entender melhor internamente e, consequentemente, com o externo, com a sociedade. A técnica que aprendi, do modo e com o objetivo que me foi passada, visa a melhora dessa relação das pessoas com o mundo que vivem, a partir da melhora das relações delas com elas mesmas.

Existem pacientes que vêm para a primeira sessão e não voltam. Existem as que retornam quando bem entendem. E existem as que optam pela terapêutica e retornam de acordo com aquilo que é tratado com o terapeuta. As que decidem pela terapêutica, a imensa maioria, consegue obter suas respostas.

 

 

 

 

Por Prem Prabhu