Olhe para dentro, afinal, somos únicos

Postado em 26 de dezembro de 2017

  

 

A questão é que precisamos viver as nossas vidas de fato. E isso implica que, em nenhuma situação, nossos olhos devem se voltar para os outros e para o externo, antes de olharmos para nós mesmos.

Deixando as questões de direito de lado, não acredito que exista um ser humano sequer superior a mim. Da mesma forma, não acredito que exista alguém inferior, ou igual a mim. Eu, você, e todos nós, temos dom de sermos seres únicos.

 



Quando passamos a alicerçar nossas vidas e as nossas felicidades, com base em comparativos com outras pessoas, estaremos diante do primeiro e grande freio das nossas evoluções. Veja que eu não estou falando de inveja. Estou falando em comparativos apenas.

Em tempo de redes sociais, locais onde as pessoas gostam de mostrar seus momentos felizes, por exemplo, isso se potencializa ainda mais. Não vejo nada de errado no fato de as pessoas quererem mostrar os lados bons das suas vidas, pelo contrário, acho muito legal ver as pessoas orgulhosas dos seus momentos de alegrias, sucessos e êxtases. E aqui não falo apenas do lado material. Falo do imaterial também.

As pessoas não percebem, mas a partir do momento que começam a se comparar com as outras, com o mundo, entram em uma competição muito desleal para elas mesmas e, fatalmente, perderão a capacidade de agradecer aquilo que têm. Tudo na vida delas perderá a graça, porque, no somatório, as vidas das outras pessoas sempre serão mais interessantes.

Todos somos iguais perante à Lei. E a igualdade para por aí. Deixando a Lei de lado, temos que focar mais nossas vidas e parar de fazer comparações. Precisamos olhar para nós e para dentro, de preferência. Precisamos passar a perceber essas incríveis energias divinas que temos dentro de nós. Precisamos nos preocupar em dar fluidez para que essas energias divinas, as Deusas e Deuses que habitam dentro de nós, possam circular e trabalhar livremente, modos que nos coloquem em um caminho de completude, plenitude, saúde e prosperidade.

Ninguém jamais nos preencherá. Esse preenchimento é nosso, vem a partir de nós. Então, o que temos que fazer é permitir que essas energias divinas fluam, para que elas possam se expandir e nos completar. Ao decidir fazer essa expansão, esse preenchimento, não teremos tempo de criar comparativos com as vidas de outras pessoas, alimentando sentimentos de superioridade ou inferioridade.

O fato de pessoas estarem passando por dificuldades, não serve para acharmos nossas vidas melhores que as delas. Aliás, acho isso uma das maiores besteiras, sendo certo que, dizeres como esses, partem sempre de pessoas que estão consolando outras que estão reclamando da vida. São dizeres de reclamação e não de louvor.

A vida é cíclica demais para perdermos tempo nos comparando com outras pessoas. Se começarmos a fazer isso, repito, fatalmente, acharemos que as nossas vidas serão uma droga e, muito disso, por coisas superficiais ou momentâneas.

Foque seus pensamentos em você. Passe a amar e respeitar a energia que corre dentro de você. Passe a perceber que essa energia é divina é a Deusa ou o Deus que está dentro de você, ou seja, a Deusa ou o Deus que você realmente é. Posicione-se em gratidão pelo fato de, simplesmente, estar vivo. Porque, quando estamos vivos e com saúde, estamos aptos a alçar voos incríveis e atingir os objetivos que desejamos.

Um detalhe importante, que remete ao início do texto: olhar para si antes dos outros, não quer dizer que devemos ignorar a existência dos outros. Meu desejo com este texto é apenas provocar reflexões, para que consigamos harmonizar melhor a nossas relações com o mundo externo e as pessoas que dele fazem parte.

Como sempre digo, as coisas existenciais, a nossa relação com nós mesmos, é totalmente processual. Em outras palavras, nada nesse sentido vem em um estalar de dedos. Mudar nossa forma de pensar é algo que requer um grande querer da nossa parte. Esforço mesmo.

 

 

Por Prem Prabhu