Amor próprio

 

Sempre defenderei e baterei na tecla que a felicidade está dentro de nós e, portanto, totalmente ao nosso alcance, cabendo o desafio de invertemos nossa visão interior do externo para o interno.
 


Sei muito bem que sempre fomos condicionados a um tipo de felicidade externa, tornando-nos dependentes de pessoas, coisas, religiões, dentre outras. Somos condicionados a vida inteira a olhar primeiro a necessidade dos nossos semelhantes, deixando a nossa em segundo plano, em nome de bênçãos prometidas por religiões; em nome de possíveis castigos prometidos pelos homens. No fim somos condicionados a uma troca constante.

Parace muito óbvio que, se a lógica religiosa fosse a de fazer as pessoas priorizarem-se, de certo, os rebanhos seriam infinitamente menores. Estamos falando de independência originada pela felicidade. Rebanhos, necessariamente, precisam de pessoas emocionalmente dependentes de alguém e/ou de alguma coisa.

Não, priorizar-se, definitivamente, não é passível de castigos, não é egoismo e não agride ninguém. Priorizar-se não agride Deus e/ou nenhuma forma de energia. Priorizar-se faz bem! Não podemos ser contraditórios, mesmo com alguns princípios religiosos, cujos quais, não caberiam nesta postagem, mas que muitos conhecem.

Abrindo um parêntese, em breve farei uma postagem sobre o clitóris, mencionando que sua única função é o prazer e que, por isso, a própria ciência, por muito tempo, o deixou de lado como forma de tolher a felicidade das mulheres. Pessoas felizes tornam-se plenas. Pessoas assim, seguem apenas o caminho da felicidade e não são dependentes.

Retomando para concluir, não estou falando que pessoas e coisas não sejam importantes. Mas, não devem ser fundamento da nossa felicidade. Não podem ser pilares. O pilar único deve ser você.

Quando nos amamos de verdade e deixamos de lado qualquer tipo de dependência externa como pilar da nossa felicidade, passamos a nos transformar em amor puro, a ter o amor na nossa essência, potencializando nossa capacidade de oferecer às pessoas um amor também muito puro, sem qualquer tipo de interesse; sem obrigações; sem esperar sequer amor em troca. Passamos a amar simplesmente por amar, porque nos transformamos em amor. Passamos a não definir mais o que é o amor. Passamos a direcioná-lo para tudo e todos que o fazem por merecer, de forma extremamente natural e saudável para nós.

Este amor puro passará a delinear nossa caminhada. Seremos felizes na essência e nenhum acontecimento, por mais impactante que seja, retirará de nós essa certeza. Descobriremos que ser é mais importante do que estar.

O Tantra é muito amplo e já afirmei aqui que busco nele aquilo que entendo me fazer feliz. Aprendi a buscar no Tantra, portanto, o amor próprio. Como disse Osho, somos Deuses e Deusas! Somos únicos! Optei por aquilo que faz meu coração vibrar. Me amar faz meu coração vibrar intensamente!

Insistirei neste tema, pois carrego a certeza de que é um caminho de felicidade!

Por Marcelo (Prem Pabhu)