|
Todos os relacionamentos amorosos começam com uma
necessidade incrível de as pessoas estarem em
contato físico constantemente, tocando-se o tempo
todo por meio do simples ato de dar as mãos, de
corpos juntos, abraços, carícias, beijos e sexo. No
início, as pessoas permitem e liberam diversos
fluxos de energias. Fato!
O contato físico,
independentemente da forma, cria um incrível fluxo
compartilhamento de energias entre as pessoas e,
esses fluxos, no início, são sempre grandes novidade
em termos de sensações e emoções.
Ocorre que
o tempo vai passando e, sem que percebamos, os
hábitos, as rotinas, o dia a dia e a vida corrida,
vão fazendo com que esses fluxos diminuam
exponencialmente ou se quebrem com mais facilidade e
os contatos físicos, esses compartilhamentos de
energias, diminuam progressivamente. Não é de uma
hora para outra, trata-se de um processo que as
pessoas vivem passivamente, ou seja, sem que
percebam.
Gostaram quando afirmei que a
rotina da vida quebram esses fluxos, não é mesmo?
Afinal, essas justificativas nos confortam, pois
retiram de nós e transferem para a vida as
responsabilidades pelos esfriamentos das relações.
Contudo, esta perda está diretamente ligada à pouca
importância que damos aos contatos, aos fluxos de
energias. Nos preocupamos com as energias, mas nos
esquecemos que elas precisam de fluxos para
circularem.
Nossa forma de contato físico é
instintiva e, lá no início, permitimos e criamos
esses fluxos sem que prestemos a devida atenção,
portanto, sem foco na extrema relevância que isso
tem. Trata-se de desconhecimento que começa por cada
um de nós e se expande a quem se relaciona conosco.
Logo, a perda do contato físico não deve ser
imputada à vida. Esta perda é de nossa total
responsabilidade.
Geralmente, nos damos
conta disso com a diminuição do prazer, quando a
vida sexual começa a dar aquela esfriada e os níveis
de stress aumentam. Logo depois, começam os vazios e
as tristezas. O prazer começa a faltar e os
desdobramentos começam a nos angustiar. As pessoas
vão se distanciando e começam as inseguranças e
problemas de autoestima, autoconfiança, dentre
outros. Percebemos isso, quando estamos em um
estágio avançado de perda de contato, ou seja,
praticamente sem fluxos.
Os homens, pelas
suas libidos naturais, que são extremamente visuais,
tendem a quebrar esses fluxos de contato com maior
facilidade e velocidade, deixando as mulheres, que
são altamente sinestésicas, com déficits. Então, é
necessário que as mulheres trabalhem nos homens as
suas sinestesias. Já escrevi muitos artigos e textos
sobre esses temas, facilmente encontrados no meu
site (www.tantricaparamulheres.com).
A
questão é que este esfriamento não ocorre de uma
hora para outra. A coisa começa aos poucos, lá na
frente, quando começamos a deixar de ter,
progressivamente, contato com a outra pessoa: damos
menos as mãos; depois os corpos não ficam mais tão
juntos; abraçamos menos; acariciamos os menos;
beijamos menos e, principalmente, dialogamos menos.
Quando nos damos conta, entramos nessa espiral de
deixar os fluxos e as energias de lado.
Tudo
começa quando deixamos de lado o que é mais simples,
mais básico. É um enfraquecimento progressivo e
processual das trocas de energias. Por isso o foco
no contato é relevante! Criar em manter fluxos são
coisas extremamente importantes, com as quais
devemos ter atenção.
Tudo é energia. Tudo
que toca o corpo, toca a mente, o espírito e a alma.
Somos unidade. Por isso, a perda de contato entre os
casais é algo muito ruim. E não é só de espírito e
alma que falo. Esses efeitos têm influência
fisiológicas ruins, pois afeta diretamente a
produção de hormônios importantes para a nossa
felicidade.
Os relacionamentos trazem focos
diversos. Porém, as pessoas precisam entender que o
foco principal tem que ser o contato, esses fluxos
de compartilhamentos constantes de energias que eles
proporcionam.
Então, minha sugestão é que,
se você está começando uma relação, nada melhor do
que focar nesses fluxos de compartilhamento que os
contatos proporcionam, desde já. Para quem está em
uma relação "esfriada", afirmo que o resgate do
contato é capaz de trazer todas as emoções e
sensações iniciais de volta; é capaz de trazer
novidades intensas e muito interessantes também. O
foco no contato permite que o prazer sexual se
intensifique, porque ficamos menos ansiosos. O foco
no contato acalma, afaga e permite que o amor flua
com intensidade.
O Tantra é uma filosofia de vida matriarcal
(acolhedora), sensorial e desrepressora. Por mais
que você não perceba, essas três características do
Tantra estão no contato, nos fluxos de energias por
ele criados. Assim, se você pretende ter um
relacionamento com elementos tântricos, ou tântrico,
a dica é focar no contato.
Por Marcelo

|
|
|