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Tenho
fé em mim, logo existo!
Estamos vivendo um
momento delicado, com uma crise financeira que vem tirando a
autoestima de muita gente, causando tristezas, conflitos,
dentre outras tantas mazelas que a falta de dinheiro provoca.
Não estou falando aqui que dinheiro não é importante. Claro
que ele é, pois sem ele não comemos, não moramos, enfim, não
vivemos. Mas, mesmo sendo ele tão importante, ao mesmo
tempo, está longe de ser tudo na vida, pois somos mais
importantes que tudo.

Em momentos difíceis, independente se material ou imaterial,
tentamos buscar a fé religiosa para nos apegarmos a algo que
nos sustente, para nos consolarmos, para aguentarmos os
trancos e solavancos de uma fase da nossa vida (lembrando
que fases são passageiras e os aprendizados eternos).
Transferimos todas as nossas esperanças para essa fé, só que
nos esquecemos do principal: antes de tudo, devemos
acreditar em nós, na nossa capacidade de reagir e vencer.
Ao transferirmos tudo para a fé religiosa e não alimentarmos
a fé em nós, toda e qualquer oração que façamos,
inevitavelmente, por maior que seja nosso esforço, terá
sempre um contraditório causando reação contrária. Para
exemplificar, não adiante pedirmos emprego em oração,
pensando na crise do país. Não adiante pedirmos saúde,
pensando na doença. Não adianta pedirmos para sermos
valorizados, quando não nos damos o devido valor.
A fé religiosa é definida por acreditar naquilo que não se
vê e não se apalpa, mas que se sente, ainda que por impulsos
momentâneos. Todos os dias olhamo-nos ao espelho e nos
sentimos. Ora, então, como somos capazes de crer no que não
vemos e/ou apalpamos e, ao mesmo tempo, não conseguimos ter
fé em nos mesmos, considerando que nos vemos e nos apalpamos?
A resposta é simples, não olhamos para dentro de nós, não
prestamos atenção em nós, não nos escutamos, não praticamos
uma autoconversa. Você já experimentou conversar com seu
âmago? Uma conversa sincera, que poderá, até mesmo, gerar
uma discussão intensa, mas que pode terminar em um grande
consenso? Experimente!
Somos uma fonte inesgotável de energias positivas, porém, ao
mesmo tempo, grandes acumuladores de energias negativas
advindas de fora. Somos capazes de produzir o que é bom e
absorver o que é ruim do exterior. Para dar mais
complexidade, geralmente, as energias ruins entram em maior
quantidade e velocidade do que as boas por nós produzidas.
Esse grave problema de fluxo é responsabilidade exclusiva de
cada um de nós.
Indubitavelmente, é este o jogo que precisamos virar,
aumentando em escala geométrica a produção de energias
positivas para nos limparmos. Como conseguir este feito?
Diria que o início de tudo é realmente olharmos para dentro
de nós e entender que tudo que precisamos está conosco, veio
de fábrica, da fábrica mágica da vida. As energias negativas
são opcionais, meros acessórios vagabundos que vamos
colocando dentro de nós, seja de forma voluntária, seja de
forma involuntária.
Tive a oportunidade de conhecer o Tantra em 2001 e começar a
conseguir olhar para dentro de mim. No inicio passei por
conflitos internos, sendo certo que, mesmo em escala
infinitamente menos, eles acontecem até hoje.
Aprendi a ver meus pontos fracos, a enxergar meus erros e a
me responsabilizar pelas consequências das opções que segui
exercendo meu livre arbítrio . Ainda estou muito distante do
considero ideal, porém, tenho certeza de que encontrei um
caminho muito válido. Tenho muito a descobrir sobre mim e
não quero ser exemplo para ninguém. Meu objetivo, até o
final da minha, é me reconhecer como um bom exemplo para mim,
ter orgulho de quem sou, acreditar totalmente em mim e
jamais duvidar, nem por um milésimo de segundo, da minha
capacidade. Nessa busca, tenho encontrado muita fé em mim,
repito, ainda que longe do ideal.
O Tantra foi o caminho que encontrei para olhar o meu
interior. Você pode encontrar o seu próprio caminho e
aprender a enxergar o quão grandiosa (o) você é. Você pode
ter muita fé em si mesmo, basta olhar para dentro e se
resolver. A fé religiosa é extremamente importante. Porém,
apenas complementará e fé que temos em nós.
Hoje, tenho conseguido exorcizar os pensamentos negativos,
não acumular mais energias ruins, focar em mim e nas coisas
boas que tenho. Tenho minha fé religiosa e não caio mais em
contradição nas minhas orações. Nem por isso, perco a
consciência de que existe a negatividade. Simplesmente a
existência da negatividade saiu do meu irracional para meu
racional e, com isso, consigo ter o controle sobre ela, não
permitindo que se acumule no meu emocional.
Tenho o hábito da oração diária, sempre quando desperto. Mas,
antes de orar, faço uma varredura em mim, provocando toda a
positividade aqui dentro, para que a contradição não entre
na minha mente no momento sublime da oração em que agradeço
e peço.
Hoje afirmo que a minha existência começa na fé que tenho em
mim!
Por Marcelo (Prem Prabhu)
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