Postado em 10 de abril de 2017

Gosto muito de escrever sobre a forma com a qual conduzo a minha caminhada neste trabalho com a massagem tântrica, porque, realmente, desejo afastar de mim a imagem de que sou um homem que está transcendendo; de que sou guru, ou ainda; de um ser mais elevado do que meus semelhantes. Definitivamente, gosto de trazer a imagem do que realmente sou, ou seja, um homem comum, que aprendeu e está sempre aprendendo (às vezes por meio de bordoadas) e que, ao longo dos anos, apenas prestou muita atenção aos atos e fatos da vida para criar um nível de consciência satisfatório, deixando de "remar contra a maré".
 

Uma das coisas que entendo ser mais importantes, é saber deixar as vaidades de lado. Entre o elogio e o resultado, eu fico com a segunda opção. Definitivamente, não trabalho para receber elogios. Apenas aplico aquilo que aprendi e sei, objetivando o melhor para minhas pacientes. Uso sim meus sentimentos, mas consciente de que sou humano e totalmente suscetível ao erro. Acredito que ter a real consciência de que estamos constantemente expostos ao erro, faz com que mantenhamos o foco em não errar.

Se eu trabalhar pensando nos elogios, inevitavelmente, também deverei pensar em ser criticado, na mesmíssima proporção. E isso causa uma tensão desnecessária para mim, com efeitos sobre as minhas pacientes, que estão ali entregues aos meus cuidados. Ademais, se passo a me preocupar com elogios, crio expectativas, o que podem resultar em frustrações. A frustração é uma sombra da expectativa.

Eu digo que um terapeuta tântrico não pode se dar ao luxo de carregar frustrações, porque ele trata do que há de mais íntimo nas pessoas e, logo em seguida, ele terá outra paciente para tratar e a mente precisa estar minimamente equilibrada.

A questão é que as críticas somente serão bem-vindas, a partir do momento em que as vaidades forem deixadas de lado. Se você colocar seu ego na frente, não conseguirá enxergar onde errou e como fará para consertar seu erro e melhorar. O terapeuta não pode colocar a responsabilidade sobre a paciente. Ainda que ele veja que os resultados obtidos tenham sido afetados por questões inerentes à própria paciente, mesmo assim, existem falhas dele que precisam ser corrigidas.

Enfim, gosto de escrever sobre alguns aspectos do meu trabalho, principalmente como o penso, para que as pessoas possam me conhecer cada vez melhor.

Por Marcelo (Prem Prabhu)