Outro dia, mantive uma conversa muito interessante com uma mulher de exatos 28 anos. Na verdade, se a memória não estiver me faltando, deve ser a quinta ou sexta conversa neste mesmo sentido. Só que, como esta é uma pessoa muito educada, foi possível dar maior profundidade ao tema:

Basicamente, por conta da crise, ela queria encontrar um trabalho e pensou na Massagem Tântrica. Disse que acompanha minhas postagens; que acha interessante o trabalho e; que tem pesquisando muito. Verifiquei que ela não era minha amiga no face e já achei aquilo um pouco incoerente, porque recebi muitos elogios. Continuei sem questionar este fato, mas já imaginava com qual o tipo de visão iria me deparar.

Expliquei algumas coisas para ela; falei como era o trabalho quando se vive financeiramente da Massagem Tântrica; dos processos constante e necessários de evolução dos terapeutas, dentre outros diversos aspectos mais relevantes.

Como ela ainda não experimentou a Massagem Tântrica, afirmei que, antes de pensar em trabalhar com isso, ela deveria fazer uma boa quantidade de sessões, pois precisará entender os efeitos da Massagem nela mesma, vez que isso a ajudaria compreensão do que é o Tantra, ate porque, terá que passar muitas verdades aos seus futuros pacientes. Afirmei que ela deveria entrar em um processo de imersão no Tantra.

Ela afirmou que não teria coragem de experimentar Massagem Tântrica, pois não se sentiria confortável com a situação.

Eu afirmei que, dentro daquilo que me foi ensinado, se este realmente é o pensamento dela, precisaria buscar outra atividade, até mesmo, outras terapias, talvez.

Expliquei que a Massagem Tântrica não deve ser encarada apenas como um trabalho. E necessário sentir os efeitos dela, é necessário viver e sentir todo o processo, em cada etapa. Expliquei que a massagem deve acompanhar o terapeuta todos os dias.

Falei que, no meu grupo, nas minhas raízes, a regra determina que todos os terapeutas devem começar como pacientes e, mesmo trabalhando com a Massagem, jamais deixarem de ser pacientes.

Disse que aprendi que, para aplicar a Massagem em alguém, você deve acreditar de verdade no que está fazendo e isso se torna possível quando você sente e vive os processos. Da mesma maneira, temos que continuar como pacientes para manter a chama dessa crença acesa. Existe uma coerência: Se aplicamos a massagem nas pessoas e não recebemos, com o tempo, passamos a acreditar que ela é fundamental para os outros e não mais para nós. E isso seria o fim de tudo.

Por fim, afirmei que não é possível trabalhar com energias, se a pessoa nunca as sentiu e que, portanto, não saberia como conduzi-las.

Falei que, infelizmente, existem cursos bandalhas que estão formando terapeutas sem que tenham sido pacientes. Estão formando terapeutas de Massagem Tântrica em larga escala, vale ressaltar.

Não duvido das boas intenções desses novos terapeutas. Só entendo que eles não terão condições de serem completos, caso não vivam os processos e redação os cursos com base no que sentiram.

No entanto, duvido muito das boas intenções dos que anda promovendo cursos nesses moldes.

Ela agradeceu e afirmou que iria refletir!

Por Marcelo (Prem Prabuh)