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E se
os homens assistissem uma sessão de massagem tântrica?
Postado em 13 de março de 2017
As vezes me pego
pensando: como seria, se cada homem tivesse a oportunidade
de assistir uma sessão de Massagem Tântrica com paciente
mulher? Não falo pelo lado do voyerismo, que fique bem
claro, desde já.

Seria uma grande
oportunidade para nós homens percebermos o quão enorme é a
sinestesia das mulheres? Será que, a partir deste ponto,
passaríamos a perceber que aquele sexo oral e aquela
preliminar convencionais que oferecemos, não estão com nada?
Será que concluiríamos que o corpo de uma mulher precisa ser
tocado, explorado, por cada milímetro que nos doamos muito
pouco à elas? Será que compreenderíamos o quão profundas são
as mulheres é mudaríamos nossos comportamentos?
Comecei minha caminhada como paciente. Quando decidi me
aprofundar e aprender, tive a oportunidade de assistir a
primeira sessão de Massagem com paciente mulher. Isso
ocorreu há pouco mais de 15 anos e mudou todos os meus
conceitos como homem, como ser humano.
Eu não fazia ideia do quão raso era o prazer que eu
proporcionava, quando me vi diante daquelas cenas incríveis.
Não falo apenas do prazer sexual. Falo do prazer como um
todo, de oferecer completude. Esse sintoma também aconteceu
com as mulheres que assistiram sessão com pacientes homens.
Realmente, nós homens não fazemos ideia do quão profunda é a
sinestesia das mulheres. Isso não nos é ensinado. Como
homem, achava que eu era "o cara", pois, até ali, me julgava
dedicado a oferecer prazer. Percebi que eu não oferecia 5%
do que poderia, que não havia doação da minha parte.
Antes daquele dia, eu achava que o sexo era aquele padrão.
Eu seguia um roteiro de filme pornô: Beijo na boca, mão
aqui, mão ali, preliminar com sexo oral diretor no clitóris
para a mulher ter prazer rapidamente e, para finalizar, uma
penetração nervosa, sem prazer, me segurando para não
ejacular. Os dois gozavam. Depois de um tempo dava a famosa
segunda, já não como o mesmo ímpeto da primeira. Dependendo
do local e da situação a terceira e por aí vai. Afinal,
tinha vinte e poucos anos e muita testosterona para gastar.
Nesse roteiro, a mulher tinha que gozar, tal como nos
filmes.
Não fazia ideia do quanto eu tinha a explorar no prazer de
uma mulher. O mesmo ocorreu em relação às mulheres. Percebi
o quanto o sexo que eu fazia era mecanizado e, portanto,
superficial.
Tive a certeza de que praticamente tudo que estava sendo
trabalhado ali em relação à sinestesia poderia ser levado
para a minha vida e para a vida de muitas pessoas. Percebi
como os toques no corpo de uma mulher poderiam oferecer
possibilidades infinitas de prazer. Percebi que a respiração
poderia, perfeitamente, ser um elemento da relação sexual.
Percebi que aquele roteiro de filme pornô era um grande
equívoco. Percebi que o prazer mais profundo pode vir de uma
enorme tranquilidade de ambos. Percebi que as pessoas não se
curtiam de verdade nas relações, porquanto faltava contato
entre elas.
No entanto, a percepção mais importante que tive, foi no
sentido de que todos aqueles elementos da massagem poderiam
me fazer feliz e fazer todos felizes, pois as energias ali
trabalhadas eram muito intensas.
Até aquele dia só tinha recebido a massagem. Minhas
concepções já tinham mudado muito. Mas, como nunca tinha
visto a reação de uma mulher, a coisa estava muito
direcionada a mim. Naquele dia, minha ficha realmente caiu e
foi um divisor de águas. Com o passar do tempo vieram as
mudanças mais profundas de concepção. Ou seja, que eu como
terapeuta poderia oferecer às pessoas uma perspectiva. Que
eu poderia contribuir com a felicidade das pessoas.
Passei a enxergar que não se tratava se sexo, mas sim de
sexualidade e que ela está presente em todos os aspectos das
nossas vidas, independente de homens e mulheres.
Minhas concepções sobre as mulheres mudaram. Também mudaram
minhas concepções em relação aos homens, a partir de mim.
Percebi que as mudanças de concepções dos homens poderiam
vir através das mulheres, pelo fato de serem puramente
sinestésicas.
Falarei mais sobre. Por enquanto, é só!
Por Marcelo (Prem Prabhu)
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