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Aos
casais: dialogar para melhor tocar
Postado em 08 de abril de 2017
Venho tratando da
importância do contato para os casais, principalmente, do
toque. Recentemente recebi mensagem de um homem que leu os
textos e afirmou que ele tenta tocar na sua mulher, mas que
ela, quase sempre, segura e retira as mãos dele, não
permitindo, portanto. Respondi que escreveria um texto sobre
o tema e que ele acompanhasse, pois entendo que possa servir
para muitas pessoas que passam, ou já passaram pela mesma
questão.
De início eu gostaria de tratar de duas questões
importantes, de forma muito objetiva: a primeira é que, quem
busca tocar a outra pessoa, precisa ter a humildade de
perguntar ou buscar saber qual o tipo de toque ela gosta,
quais locais e a intensidade. A segunda seria a pessoa que
está recebendo o toque ter a iniciativa de falar como gosta
de ser tocada, os locais e as intensidades.

Desculpem-me pelo
que vou falar: Vejo muita baboseira de que as pessoas,
principalmente os homens, têm o dever de possuir o feeling
de saber onde e como uma mulher gosta de ser tocada. Vamos
parar com isso! Não estamos em um jogo de adivinhação, muito
menos em uma competição. Conversar e expor o que lhe dá
prazer é importante. Vamos parar de criar milhares de
teorias e abrir mais diálogos. Quem gosta dessas baboseiras
são as revistas e sites voltados para mulheres. Portanto, é
necessário simplificar a vida e perceber que cada pessoa
sente o toque de forma diferente. Às vezes um toque que é
gostoso na frente, não tem a mesma intensidade nas costas,
por exemplo. Tem dias que gostamos de um tipo de toque e, em
outros, outro tipo de toque. Não há regra e este fato, por
si só, é um grande motivo para nos conhecermos melhor.
Homens e mulheres precisam tocar mais nos seus próprios
corpos. Eu por exemplo, estou sempre me tocando e me
alisando com as pontas dos dedos, nos locais onde consigo
alcançar. Isso desperta muitas sensações deliciosas, além de
permitir que eu conheça os pontos exatos onde gosto de ser
tocado, a forma e a intensidade. É uma pratica diária feita
algumas vezes ao dia, sempre mais de uma vez. Virou um
hábito delicioso e necessário para aguçar minha sinestesia,
despriorizando minha natureza visual! Vale destacar, que a
prática do autoprazer é muito importante neste despertar.
É obvio que o toque de outra pessoa é diferente. Todavia,
saber como gostamos do toque é importante para orientara
outra pessoa. Tudo parte de nós. Nosso prazer também depende
de nós. Precisamos nos conhecer melhor. Um casal em que os
dois (ou apenas um) não se conheçam, tende a cair na rotina
com o passar do tempo. Buscar novas sensações e emoções é
importante e o contato e toques exercem papéis extremamente
importantes.
Mulheres, muita atenção! Não cobrem dos homens o que não
deve ser cobrado. Dialoguem! Muitas vezes você acha que o
home tem o dever de saber onde vocês gostam do toque e eles
podem estar achando o mesmo de vocês. Quem está certo nessa
história?
Enfim, falar de diálogo entre os casais é algo que soa como
clichê, porém, ele é muito pouco utilizado quando os temas
envolvem sexualidade. Muitos afirmam dialogar sobre, mas a
verdade é que não dialogam. Será que o jogo da adivinhação é
mais importante que a felicidade? simplificar ou dificultar?
Mais um detalhe: O diálogo é valido para quaisquer tipos de
contatos e toques! Entenderam?
Por Marcelo (Prem Prabhu)
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