Amor-próprio sempre

Postado em 17 de março de 2017

Estava conversando com uma paciente sobre o fato de que não prestamos atenção em nós mesmos. As pessoas carregam diversos medos que as impedem de ir adiante. Um deles, sem dúvidas, é o de passar a imagem de egoísta e/ou de se achar egoísta, a partir do momento em que tome a decisão de priorizar-se, de colocar sua felicidade em primeiro plano, antes de tudo e todos. Vamos parar com isso, por favor!

 



Ora, não há mal nenhum em querer estar bem, em se amar. A falta de amor-próprio não significa que a pessoa esteja dando mais amor ao próximo, tal como determinam os padrões que nos são enfiados goela abaixo durante a vida. Muito pelo contrário.

Quando estamos com a autoestima baixa, angustiados e infelizes, sintomas clássicos da falta de amor-próprio, nossa energia se propaga para quem estiver ao nosso redor, e é sentida. Precisamos saber e separar o que é o amor-próprio e o que é amor ao próximo. É algo que precisa estar bem claro, principalmente, para as mulheres.

Trabalho com mulheres e vejo como o amor-próprio é colocado em segundo plano por muitas delas. Por mais que a imensa maioria não admita isso no dia a dia, quando converso com minhas pacientes, é o que mais me é dito e admitido. Mesmo quando não declarado, é facilmente percebido.

A massagem tântrica tem se mostrado muito eficiente para resgatar e despertar o amor-próprio das mulheres. Mas, só receber a massagem, de nada adiantará. É preciso querer de verdade dar esta grande guinada. A partir do momento que a terapia mostra novas perspectivas, mostra o que há de mais maravilhoso dentro de cada uma, é necessário tomar posse de si e de tudo aquilo que é importante para a felicidade.

Como terapeuta, quero e, portanto, trabalho com todas as minhas forças e sentimentos, para que as minhas pacientes tenham seu amor-próprio sempre nas alturas. Mas, isso também não bastará, se elas não quiserem.

A terapia desperta o amor-próprio. Mas, mantê-lo acordado será o desafio da paciente para a sua vida. É uma planta que precisa ser regada diariamente. Pode ser cliché, mas é a pura verdade.

O amor-próprio vem de dentro, porque sempre esteve, está e estará dentro de nós. Faz parte da nossa existência. Sem amor-próprio apenas sobrevivemos. Sobreviver, não é vida!

O amor-próprio pode ser definido como: sentimento de dignidade, estima ou respeito que cada qual tem por si mesmo. Então, como se vê, não estamos tratando de vaidade. É uma questão de necessidade.

Por Marcelo (Prem Prabhu)